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Proposta Comercial

Projeto de 'bairro ideal'

Projeto de 'bairro ideal' redesenha região de SP em busca de melhor relação com o meio ambiente

 
 

Grupo da USP projetou um novo bairro Cidade São Francisco, localizado na subprefeitura do Butantã, em São Paulo. Ao sair do papel, mais espécies de animais devem circular na região e temperaturas devem cair.

Como seria o "bairro ideal" para aproveitamento e preservação do meio ambiente? Um pedido dos moradores do Cidade São Francisco, em São Paulo, chegou até um grupo de pós-graduação da Universidade de São Paulo (USP), e eles criaram um projeto.

"O bairro tem áreas de praças, de nascentes e córregos que estão sendo contestadas para serem regiões públicas, e isso foi parar no Ministério Público. E foi pedido para o laboratório [grupo da USP] para ser feita uma avaliação desses espaços e dos serviços ecossistêmicos que poderiam prestar para o bairro e para a cidade", disse o professor responsável, Paulo Renato Mesquita Pellegrino.

Do ponto de vista ambiental, a criação acabou sendo desmembrada em duas partes importantes:

 

  • A cobertura arbórea;
  • A manutenção das nascentes e uso da água;

 

Atualmente, o Cidade São Francisco, localizado na subprefeitura do Butantã, tem 26% do espaço com edificações. Ou seja: 74% é "livre" para redesenhar.

 

Mais espécies

 

O novo projeto de arborização do bairro Cidade São Francisco superaria a média das melhores cidades do mundo no quesito. De acordo com estudo publicado pelo Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), uma das cidades com maior índice de cobertura vegetal é Tampa, nos Estados Unidos, com 36,1%. Após as mudanças, o bairro paulistano ficaria com 37,37%.

Ranking de cobertura vegetal feito pelo MIT:

 

  • Tampa: 36,1%
  • Cingapura: 29,3%
  • Cambridge: 25,6%
  • Sacramento: 23,6%
  • Frankfurt: 21,5%
  • Geneva: 21,4%
  • Amsterdã: 20,6%
  • Seattle: 20%
  • Toronto: 19,5%
  • São Paulo: 11,7%

 

Além de uma cobertura arbórea e verde ocupando mais de 30% do território, os pesquisadores envolvidos escolheram as espécies que seriam plantadas. São 14 tipos de árvores pensadas para diminuir a temperatura do local e também aumentar a fauna.

Plantar um louro-pardo, uma paineira, ou um sacambu, entre outras, ajudaria a atrair aves, mamíferos, abelhas, borboletas, besouros e outros insetos.

"Usamos espécies pioneiras, que geralmente têm uma maior sobrevivência e gostam de estar expostas ao Sol direto. Então, nesse momento inicial, elas teriam características para lidar com o calor, com alta taxa de insolação, já que não existe uma vegetação coadjuvante para auxiliar o desenvolvimento da espécie. E elas têm um crescimento mais rápido", explicou o biólogo Cleandho de Souza, um dos autores do projeto. Trabalharam com ele Laíssa Karzmierczak, Priscilla Perrini e Laís Leite.

 

Mais água e menos calor

 

Mais árvores ajudariam a melhorar a qualidade do ar e, junto com um projeto para proteger as nascentes e córregos, diminuiriam o calor da região. Hoje, o bairro tem 18% de cobertura arbórea. Veja abaixo como ficariam as temperaturas antes e depois do projeto:

 
Antes e depois da temperaturas (com simulação) no bairro Cidade São Francisco  — Foto: Labverde/USPAntes e depois da temperaturas (com simulação) no bairro Cidade São Francisco  — Foto: Labverde/USP

As áreas em vermelho e laranja têm temperaturas médias de 25,6ºC a 27ºC; as partes verdes e azuis ficam entre 23.94ºC a 24,17ºC. Em São Paulo, segundo os pesquisadores, existem várias ilhas de calor – uma variação térmica mais quente em determinadas regiões devido à baixa cobertura verde.

"Usamos modelos de captação, de drenagem, para uso das águas. São modelos para uso da água de chuva, de valetas, é uma forma de desenho que você trabalha sempre de forma que as águas escorram pela superfície de calçadas e ruas e sejam encaminhadas para esses dispositivos", disse Pellegrino.

A demanda inicial dos moradores estava relacionada com o cuidado de três praças com nascentes que estariam aterradas. O novo projeto deve aflorar a margem do rio próximo ao bairro e desenterrar as nascentes para criar novas áreas com vegetação no bairro.

"Um dos grupos pensou toda a parte de como a água seria tratada, captada, regulada no local e outro também pensou o uso dos espaços públicos", disse Souza.

 

 

 
O antes e depois da implementação do projeto de arborização do bairro Cidade São Francisco — Foto: Labverde/USPO antes e depois da implementação do projeto de arborização do bairro Cidade São Francisco — Foto: Labverde/USP

O antes e depois da implementação do projeto de arborização do bairro Cidade São Francisco — Foto: Labverde/USP

Como seria o "bairro ideal" para aproveitamento e preservação do meio ambiente? Um pedido dos moradores do Cidade São Francisco, em São Paulo, chegou até um grupo de pós-graduação da Universidade de São Paulo (USP), e eles criaram um projeto.

"O bairro tem áreas de praças, de nascentes e córregos que estão sendo contestadas para serem regiões públicas, e isso foi parar no Ministério Público. E foi pedido para o laboratório [grupo da USP] para ser feita uma avaliação desses espaços e dos serviços ecossistêmicos que poderiam prestar para o bairro e para a cidade", disse o professor responsável, Paulo Renato Mesquita Pellegrino.

Do ponto de vista ambiental, a criação acabou sendo desmembrada em duas partes importantes:

 

  • A cobertura arbórea;
  • A manutenção das nascentes e uso da água;

 

Atualmente, o Cidade São Francisco, localizado na subprefeitura do Butantã, tem 26% do espaço com edificações. Ou seja: 74% é "livre" para redesenhar.

 

Mais espécies

 

O novo projeto de arborização do bairro Cidade São Francisco superaria a média das melhores cidades do mundo no quesito. De acordo com estudo publicado pelo Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), uma das cidades com maior índice de cobertura vegetal é Tampa, nos Estados Unidos, com 36,1%. Após as mudanças, o bairro paulistano ficaria com 37,37%.

Ranking de cobertura vegetal feito pelo MIT:

 

  • Tampa: 36,1%
  • Cingapura: 29,3%
  • Cambridge: 25,6%
  • Sacramento: 23,6%
  • Frankfurt: 21,5%
  • Geneva: 21,4%
  • Amsterdã: 20,6%
  • Seattle: 20%
  • Toronto: 19,5%
  • São Paulo: 11,7%

 

Além de uma cobertura arbórea e verde ocupando mais de 30% do território, os pesquisadores envolvidos escolheram as espécies que seriam plantadas. São 14 tipos de árvores pensadas para diminuir a temperatura do local e também aumentar a fauna.

Plantar um louro-pardo, uma paineira, ou um sacambu, entre outras, ajudaria a atrair aves, mamíferos, abelhas, borboletas, besouros e outros insetos.

Meio Ambiente e Agricultura Biodinâmica.

Meio Ambiente e Agricultura Biodinâmica.

 

Quando se fala em Meio Ambiente, é natural se associar o termo a matas, rios e todos os ambientes naturais. Não deixa de ser, mas há uma tendência de nos percebermos longe, afastados, isolados do que é natural. Isso é um equívoco. Nós também somos a natureza, somos o ecossistema. É preciso resgatar o conceito de Meio Ambiente como todo o complexo que sustenta a vida, incluindo a humana.

 

Desta perspectiva, a saúde está intrinsecamente vinculada à vitalidade do alimento e dos seus sistemas de produção e, estes, às relações com o que é natural. Alimento saudável é aquele produzido da forma mais natural possível, sem agroquímicos ou excesso de processamentos.

 

O alimento biodinâmico possui vitalidade, pois o ser humano precisa da energia que o acompanha, tanto quanto de suas substâncias. Biodinâmico é alimento não só para o corpo, mas também para a alma. Além de ser orgânico, sua produção utiliza conceitos vinculados ao processo de regenerabilidade do solo, mantendo-o vivo.

 

O primeiro conceito é o de organismo agrícola, pelo qual todas as atividades de uma propriedade são integradas como ocorre num organismo vivo. O segundo conceito é o uso de preparados homeopáticos na plantação. O terceiro é o uso de um calendário astronômico agrícola com as datas corretas para plantio, colheita, poda e outras atividades.

 

Trata-se de uma prática agropecuária autônoma baseada na observação das condições locais em conjunto com o conhecimento das forças não locais que atuam permanentemente sobre a vida. Trabalha na regeneração da vida do solo, mais do que no mero fornecimento de elementos químicos para a formação vegetal.

 

Qual a sua origem? Em 1924, Rodolf Steiner vinha trabalhando os conceitos da Antroposofia e foi convocado por um grupo de agricultores para lhes dar dicas sobre como se poderia fazer uma agricultura vital, uma vez que com a agricultura extensiva e o uso de agroquímicos, as plantas e os alimentos, estavam perdendo a vitalidade. Surgiu, então, a agricultura biodinâmica que vem se desenvolvendo no Brasil pela ação da Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica – ABD.

 

Além de produzir alimentos saudáveis, a Agricultura Biodinâmica mantém o solo vivo para as próximas gerações, não polui as águas nem tampouco o ar ao mesmo tempo em que reduz a necessidade de transporte de insumos de longas distâncias, favorecendo muito a qualidade ambiental.

 

Morangofest

MORANGOFEST VENHA CONFERIR

Mata Atlântica perde 184 km² em um ano por desmatamento

Tragédia: rompimento da barragem da Samarco respondeu por 65% do desmatamento na cidade de Mariana entre 2014 e 

A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgaram os novos dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica. 

O estudo aponta desmatamento de 18.433 hectares (ha), ou 184 Km², de remanescentes florestais nos 17 Estados da Mata Atlântica no período de 2014 a 2015, um aumento de apenas 1% em relação ao período anterior (2013-2014), que registrou 18.267 ha. 

Minas Gerais, que vinha de dois anos de queda nos níveis de desmatamento, voltou a liderar o desmatamento no país, com alta de 37% na perda da floresta. A mineração foi a principal responsável pela baixa no estado. 

O rompimento da barragem da Samarco, em novembro passado, respondeu por 65% do desmatamento de 258 hectares na cidade de Mariana. Porém, a maior parte do total de desmatamento no estado aconteceu na região de Jequitinhonha, no noroeste do estado, denominado Triângulo do desmatamento. 

A vice-liderança fica com a Bahia, com 3.997 ha desmatados, 14% a menos do que o período anterior. Já o Piauí, campeão de desmatamento entre 2013 e 2014, ocupa agora o terceiro lugar, após reduzir o desmatamento em 48%, caindo de 5.626 ha para 2.926 ha. Os três estados se destacam no ranking por conta do desmatamento identificado nos limites do Cerrado. 

Além de Minas Gerais, Piauí e Bahia, o Paraná também se encontra em estado de atenção. Enquanto os três primeiros lideram a lista geral, o Paraná foi o que apresentou o aumento mais brusco, saltando 116%, de 921 ha de florestas nativas entre 2013-2014 para 1.988 ha no último período. 

O retorno do desmatamento nas florestas com araucária é o principal ponto de alerta, responsável por 89% (1.777 ha) do total de desflorestamento no estado paranaense no período. Restam somente 3% das florestas que abrigam a Araucaria angustifolia, espécie ameaçada de extinção conhecida também como pinheiro brasileiro. 


Fonte: EXAME